AS ELEIÇÕES NO AMAZONAS

O poder de articulação de Eduardo Braga e de Omar Aziz chamou à atenção pelo rumo em que a campanha eleitoral promete tomar no Amazonas. Alfredo Nascimento, que contava com a articulação vertical, ou seja, de cima para baixo está vendo o caldo de sua estratégia política entornar pela horizontalização adotada pelo bloco governista. A medida adotada da moção de apoio de quase 90% dos prefeitos em documento devidamente assinados tanto para função de vice, como de governador respaldaram a escolha ao mesmo tempo em que amarra o apoio à candidatura presidencial... Qual candidato à presidente vai querer remar contra a maioria dos prefeitos, deputados e lideranças políticas em um Estado da Federação?

Apesar das tentativas de articulação para impedir uma votação acachapante do Senador Artur Virgílio, ele segue firme dentro da unanimidade que se tornou. Artur parece estar acima do rótulo político de oposição e situação, tanto que os eleitores de Omar e de Alfredo votarão no senador, garantindo sua eleição através da sua atuação parlamentar em defesa dos interesses do Amazonas. Artur é um político de projeção nacional, sua influência não está restrita ao nosso Estado e qualquer manobra no sentido de impedir sua reeleição será frustrada.

E depois da definição em torno do nome de Melo para vice na chapa governista, o foco da política está voltado para as composições em torno da campanha presidenciável. A história do palanque único no Amazonas não prosperou e os articulistas das campanhas vão ter que arrumar o que ficou desarrumado depois das decisões dos caciques políticos de nosso Estado. O que vai resolver o estrago é o famoso jeitinho brasileiro, pois na política "só não há jeito para a morte". Enquanto isto, Omar Aziz segue sua epopéia para o interior do Amazonas e por onde passa vai reverter um quadro que se apresentava desfavorável, talvez quando Alfredo Nascimento acordar e resolver chegar (de fato) no Amazonas já seja tarde demais.