A frase do presidente Lula sobre Sarney esta semana repercutiu muito mal. Ao dizer que Sarney não poderia ser tratado como uma pessoa comum, a maior autoridade do país estava oficializando a desigualdade de classes que há no Brasil. Existe de forma velada, mas que agora foi de fato escancarada. Isso gerou protestos, não escancarados mas velados.
Parece que já nos acostumamos com os discursos populistas do presidente. Lula diz o que muita gente pensa nas ruas, mas que quando dito não soa bem. Mas não é só isso, Lula não é uma pessoa comum, é o presidente. Quer dizer, ele é uma pessoa comum, mas enquanto está investido de um mandato presidencial deve conter mais suas opiniões pessoais e falar mais como estadista.
O jeito falastrão do presidente Lula soa bem para as massas. Quando ele está diante do público e fala como pessoa comum ele agrada: o povo aplaude, as pessoas riem, gritam, respondem à retórica do Lula, o cara. Parece que já nos acostumamos com isso, e quando ele sai com uma destas que saiu em favor de Sarney já não causa tanto espanto. O problema, é que nós pessoas comuns não podemos aceitar e engolir a seco que existam pessoas privilegiadas pela lei e outras não. A constituição fala que todos são iguais perante a Lei; o presidente falou que "O senador tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum", disse o presidente.
Que existe tratamentos desiguais perante a Lei, todo mundo sabia, mas que não precisava o presidente "institucionalizar" isso; não precisava.
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