NA ÍNTEGRA: MORTE DE MICHAEL JACKSON E INTERNET

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RIO - A notícia da morte de Michael Jackson chegou à web como uma avalanche, derrubando alguns dos principais sites do mundo. No Google, o surto de buscas pelo nome do Rei do Pop gerou suspeitas de um ataque de hackers. A procura por notícias sobre Michael Jackson causou uma série de lentidões nos sites da AOL, CBS, CNN, MSNBC, Yahoo, entre outros.

O Los Angeles Times, primeiro grande veículo a noticiar o fato, teve 2,3 milhões de visitas em apenas uma hora. O site do GLOBO, entre a notícia da parada cardíaca sofrida por Michael Jackson - por volta das 18h desta quinta-feira - e sua morte, recebeu cem mil visitas, totalizando 1,3 milhão ao longo do dia.

A reportagem principal sobre o assunto recebeu cerca de 1.200 comentários, entre eles muitos relatos emocionados de leitores. "Mais um imortal", afirmou Dielson de Brito. Já o internauta Roberto Fontes destacou "um sentimento incontrolável de nostalgia, lembranças de bons momentos de nossa infância e juventude. Momentos inesquecíveis que não voltarão mais".

No Twitter, o volume de mensagens relacionadas a Michael Jackson - que chegou a cinco mil por minuto em seu pico - foi tão grande que alguns usuários afirmaram ter tido problemas em acessar o serviço. A mobilização em torno do tema comparou-se apenas a causada pelas eleições americanas que colocaram Barack Obama no poder. Entre a multidão que se concentrou do lado de fora do UCLA Medical Center, muitas pessoas enviavam mensagens para o site. O cofundador do Twitter, Biz Stone, reconheceu o problema.


Atualização quase instantânea na Wikipedia

"Esta notícia em particular sobre a morte de um ícone global é o maior salto em tweets por segundo desde as eleições presidenciais americanas". Os dois tópicos mais comentados no Twitter nesta sexta-feira foram "MJ's" e "Rip MJ". No Top 10 ainda apareciam "#michaeljackson", "Thriller" e "Pop", na quarta, sétima e nona posição, respectivamente.

Em Londres, o site de microblogging foi usado para reunir uma multidão na Liverpool Station, para celebrar o Rei do Pop. Ao som das mais famosas canções de Jackson, as pessoas faziam o passo do "moonwalk".

A Wikipedia, enciclopédia online que pode ser editada por qualquer internauta, já registrava a morte do Rei do Pop pouco depois das primeiras notícias surgirem na internet, tanto na versão em inglês quanto em português.

No Google, o volume de buscas com o nome do cantor foi tão grande que a ferramenta interpretou o fato como um "ataque cibernético". Em vez de uma lista de resultados, milhões de usuários que digitaram o nome de Michael Jackson na barra do site se depararam com a mensagem "sua consulta é semelhante a solicitações automatizadas de um vírus de computador ou aplicativo spyware".

- É verdade que entre aproximadamente 2h40 da tarde do horário local e 3h15 do horário local, usuários do Google News tiveram dificuldade de acessar os resultados das buscas para consultas relacionadas a Michael Jackson e viram a página de erro - confirmou à BBC o porta-voz do Google, Gabriel Stricker.

Vendas de discos de Michael Jackson disparam na web

A morte de Jackson teve efeito quase imediato nas vendas de seus discos pela internet. Na Amazon, nada menos que os 15 discos mais vendidos eram dele. No iTunes, loja virtual da Apple, o cantor tem sete discos no Top 10 e, no eBay, souvenirs ligados a Jackson estão sendo vendidos a preços 10 vezes maiores que os de três dias atrás.

Em canais menos oficiais de distribuição de conteúdo, como o site de torrents Mininova, o fenômeno se repetiu. Na tarde desta sexta-feira, os cinco arquivos mais trocados eram relacionados ao cantor. No primeiro lugar, um torrent com 30 álbuns abrangendo toda a carreira do artista, num total de 1,94 GB de música, era baixado por mais de 11 mil pessoas simultaneamente.

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