FOTO ENCHENTE: CENAS QUE SE TORNARAM COMUM

Pessoas que moram no perímetro urbano e construíram casas em área de risco estão sendo as maiores vítimas da enchente. A foto em questão é de casas que foram construídas à margem do Igarapé do Espírito Santo, área que fica nos limites do Bairro Urucu. Já vai para dois meses o período mais crítico da enchente.

É em momentos como este que se percebe a necessidade de adotar medidas oriundas de uma boa política de habitação. Na maioria das vezes, uma pessoa com toda a boa intenção de construir uma casa para ter um teto sob o qual morar, esquece das conseqüências que podem vir por morar numa área de risco. A fiscalização que impede a construção de moradias em área de risco nunca é bem vinda, mas ajuda a evitar problemas como estes, que os moradores estão enfrentando no período de enchente.

Somente quando uma política habitacional que contemple a urbanização completa de bairros for implementada, e seja levado a efeito uma fiscalização que impeça a construção de casas em área de risco, não veremos mais situação como estas em período de cheia. Essas soluções não são pontuais, pois além do aspecto cultural de nossa região onde o homem gosta de estar perto das águas, há também uma demanda muito grande de problemas habitacionais, no caso de Coari onde a população dobrou nos últimos anos. Estes problemas podem levar décadas para serem resolvidos, mas a iniciativa é precisa ser tomada para a solução do problema.

Coari hoje possui a Secretaria Extraordinária de Terras e Habitação, que faz parte de um planejamento especificamente para atender esta demanda. Esta secretaria foi criada para a gestão do Prefeito Rodrigo Alves e acena para a busca de solução para o problema habitacional. A expectativa é que após o período das chuvas de inverno, a política habitacional de Coari comece a ser executada.
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