Nós aqui do Amazonas estamos acostumados com a cheia e a vazante de rios e lagos. De um tempo para o outro estamos caminhando no leito dos rios no período da seca e meses depois tudo está coberto pelas águas abundantes. O homem amazônico estava acostumado com os tempos e períodos da natureza.
Estava... Porque de uns tempos para cá as coisas mudaram. Chove em época de estiagem, faz frio quando era pra fazer calor, a seca é gigantesca e as enchentes horríveis. Não está dando pra calcular muita coisa quando elas dizem respeito à natureza. Temos como exemplo a enchente deste ano.
Com a palavra supervisor de hidrologia do Serviço Geológico do Braga (CPRM), engenheiro hidrólogo Daniel de Oliveira. O meu “chará” diz que O nível de subida do rio Negro, e da baixa no Solimões registrados no ultimo final de semana dão sinais de que o período de enchente pode está chegando ao fim, porque em Tabatinga o nível da água baixou 3 centímetros, sendo 1 centímetro de sábado para domingo, e mais dois de domingo para segunda-feira.
No entanto, não descarta a possibilidade desta baixada de água ser apenas um repique. Segundo ele, em 1953, ano da maior cheia na séria histórica que conta desde 1902, mostra que o nível do Negro também teve várias subidas de 1 centímetro, e ainda assim conseguiu atingiu atingir 29.69 metros no pico da cheia, no mês de junho.
Ele não dá certeza, diz apenas que é possível que a cheia esteja chegando ao fim. Os estudos mostram 6% da vazante termina no mês de maio, mas nenhuma não atingiu mais de 28 metros.
O percentual de 76% da cheia indica que ela termina em junho, e os 18% restantes mostra que a enchente pode chegar ao fim no mês de julho.
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