APARTHEID TUPINIQUIM

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Deu no Jornal Nacional: 

"Está prevista para quarta-feira, em uma comissão especial da Câmara, a votação de um projeto que institui, entre outros itens, a criação de cotas para negros em vários setores da sociedade. O projeto traz orientações para o governo de como tratar uma parte dos cidadãos e obriga que estudantes e até pacientes do SUS sejam classificados de acordo com a cor da pele. Na educação, com cotas nas universidades. Na cultura, com vagas obrigatórias para atores e figurantes negros. Em licitações, dando prioridade a empresas com ações de igualdade racial.
No serviço público, onde governos teriam de criar regras para aumentar o número de negros. O estatuto também quer estimular a criação de cotas no mercado de trabalho. Uma empresa pagaria menos impostos se contratasse mais negros. Resultado: o candidato que se autodeclarasse negro no momento da entrevista teria vantagens sobre os outros na hora da contratação. 
". 

Francamente...

É impressionante a capacidade que os brasileiros têm para complicar as coisas. Estamos tentando criar, com a bênção da legislação o Apartheid Tupiniquim. Cotas para negros em todos os sentidos: universidade, serviço público, licitações, etc, etc, etc... Criando uma verdadeira segregação racial no país.

Se isso passar, estaremos institucionalizando o preconceito, e a partir daí sim, poderemos dizer que no Brasil há preconceito racial, diferente sim, na fria letra da lei, nos eternos anais da legalidade. Eu me pergunto: realmente os brasileiros querem isto? Queremos ser conhecidos pela diferença de cor da pele na hora de correr atrás de uma oportunidade ou pelo potencial que existe em cada pessoa? Queremos manter vivo o brasileirismo da miscelânea de matizes e civilizações incorporadas em nós ou queremos ficar conhecidos por criar regras que diferenciam um ou outro pela cor que carrega na tez? O que queremos? Parece que nem sabemos...

É provável que corramos na contra-mão da história. Quando outros países conseguiram romper os guetos, campos de concentração, distinção de cor... Nós estamos querendo criar o gueto institucionalizado, apartheid legalizado, a discriminação legal. É Brasil, queremos complicar o descomplicado.

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