UM RECORDE ESTRANHO: PRESTAÇÃO DE CONTAS

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O deputado estadual Wilson Lisboa, do PC do B acumula um recorde no mínimo estranho.
Nenhuma das prestações de contas que ele apresentou durante os 12 anos em que foi prefeito do município de Fonte Boa, foi aprovada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O próprio deputado comunista apontou esse rol negativo, julgando-se perseguido pela Corte de Contas do Estado. Lisboa comandou a prefeitura de Fonte Boa no período de 1989 a 1992 e depois de 1997 até 2003, quando renunciou ao mandato e deixou no cargo o vice-prefeito e seu pai, Sebastião Lisboa. Desde que deixou o cargo, já foram analisadas pelo TCE as prestações de contas relativas aos exercícios de 1989 até 1996, todas foram rejeitadas por apresentar algum tipo de irregularidade. 

“O TCE nunca aprovou uma conta minha. Isso é um fato interessante, mas lastimável porque no momento em que uma conta é reprovada, é aberto um processo administrativo e, nos últimos a tenho passado mais tempo respondendo ao TCE do que fazendo qualquer outra coisa”, lamenta o deputado. Ele diz que já procurou o conselheiro presidente do TCE, Raimundo Michiles, para questioná-lo sobre o assunto. De acordo com o deputado, suas contas foram sistematicamente reprovadas pelo TCE, mas até agora todas as decisões foram revertidas na Câmara Municipal de Fonte Boa. “Eles reprovam aqui, a Câmara de Fonte Boa derruba lá”, comemora.

Segundo Wilson Lisboa, na maioria dos julgamentos de suas contas ele não tem tido sequer a chance de corrigir a possível irregularidade detectada, como é prática adotada pelo Tribunal e que evita a abertura de processo administrativo. Na avaliação do parlamentar esse é um comportamento que sustenta sua tese de “perseguição”, tanto a ele quanto ao seu pai, Sebastião Lisboa, que foi prefeito do município de Fonte Boa, por dois mandatos.

Wilson Lisboa argumenta ainda que a contadora que elaborou suas prestações de contas na administração municipal é a mesma de outras dezenas de prefeituras, entretanto, apenas as dele são reprovadas. “Eu já questionei o conselheiro Raimundo Michiles, porque só eu não consigo ter as contas aprovadas e olha que a contadora é muito mais exigente comigo. Não são só as prestações de conta da prefeitura, são todas, de convênios, qualquer uma. Bateu no Tribunal são reprovadas”, lamenta o ex-prefeito.

Dora Tupinambá
Equipe do EM TEMPO

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