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Armadilhas são avaliadas 

Euzivaldo Queiroz
Mosquito é atraído e, quando se aproxima, é “sugado” para um saco de telas


Jorge Eduardo Dantas
Da equipe de A CRÍTICA

  Acompanhar o andamento dos trabalhos do “Projeto Armadilhas”, desenvolvido há cinco meses em Manaus por várias instituições, foi o objetivo da visita da representante do Banco Mundial, Joana Mira Godinho, à capital amazonense.

A portuguesa Joana, que trabalha no Departamento de Desenvolvimento Humano da instituição  em Washington D.C., nos Estados Unidos, passou os últimos dois dias em Manaus envolvida em reuniões para conhecer as novidades sobre o projeto, que visa combater os vetores da dengue. A organização internacional cedeu ao projeto cerca de US$ 200 mil - aproximadamente R$ 458 mil - em 2004, quando o projeto brasileiro venceu uma seleção que envolveu mais de 2 mil trabalhos vindos de todo o mundo.

  O projeto Armadilhas, desenvolvido desde novembro de 2008 em Manaus, consiste na utilização de dois tipos de sistemas para capturar a fêmea do Aedes Aegypti, o mosquito transmissor do dengue - daí o nome “armadilhas”. No primeiro deles, intitulado “BG Sentinel”, o equipamento, feito de plástico e metal, possui um ventilador que exala cheiros humanos, obtidos com a síntese de componentes químicos de nossa pele - como o suor, por exemplo. Por meio deste sistema, o mosquito é atraído e, quando se aproxima do equipamento, é “sugado” para um saco de telas, onde fica aprisionado até que um agente de endemias venha realizar a coleta. O projeto trabalha com o princípio da redução da população do mosquito - e que geraria a redução das transmissões do dengue.

  Em novembro, os técnicos envolvidos deram início à sondagem dos locais onde esses equipamentos ficariam. Em fevereiro, as armadilhas foram instaladas, a maior parte delas nas Zonas Norte e Leste, em 11 bairros. Cerca de 700 armadilhas estão em áreas comuns e públicas e 511 delas estão em áreas residenciais - totalizando, assim, 1.200 estruturas espalhadas em Manaus.

O projeto está orçado em R$ 1,2 milhão e várias instituições estão envolvidas neste trabalho. Entre elas, estão a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), a Universidade Estadual do Amazonas (UEA), a Universidade de Regensburg, da Alemanha, além da Fundação de Medicina Tropical (FMT) e a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).

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