É O QUE EU TENHO FALADO! PRA TRANSFORMAR O MUNDO É PRECISO MUITO MAIS QUE LEVANTAR ESTA OU AQUELA BANDEIRA IDEOLÓGICA, É PRECISO AGIR. FALAR, BADALAR, DIZER QUE TUDO ESTÁ ERRADO E NADA PRESTA SEMPRE FUNCIONA COMO UMA FORMA FÁCIL DE CRITICAR. FAZER É PARA QUEM TEM CORAGEM DE MUDAR A REALIDADE. QUAL FOI MESMO O RESULTADO DO TÃO BADALADO "FORUM SOCIAL MUNDIAL"? ONDE ESTÁ O RELATÓRIO FINAL? QUAIS OS RESULTADOS PRÁTICOS PARA A AMAZÔNIA? NADA.
O SITE KAXIANA TRAZ UM ARTIGO INTERESSANTE QUE REFLETE ESSE QUESTIONAMENTO EM TORNO DOS RESULTADOS DO TÃO BADALADO FORUM PARA A AMAZÕNIA. SE VOCÊ CONSEGUIR LER PODE ENTRAR NESSA REFLEXÃO TAMBÉM.
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Pouco de Amazônia no Fórum Social Mundial
04/02/2009Ribeirinhos da Amazônia entregues à própria sorte
Foto: Página 20
Kaxiana
Muita badalação e quase nada de concreto em favor do desenvolvimento sustentável da Amazônia. Assim foi para a região o Fórum Social Mundial, ocorrido em Belém (PA), onde 100 mil pessoas, de 146 países, ficaram apenas enaltecendo e “curtindo” a cultura do povo amazônico, hoje total e perigosamente ameaçada pela ausência de política pública global para a região, que dá lugar ao império do tráfico de drogas e de animais, da prostituição infantil, da biopirataria e da grilagem de terras. Sem falar, claro, da fome e da miséria, que estão atingindo um número cada vez maior de sua população.
Nos inúmeros painéis, discursos e mesas redondas ocorridos no badalado Fórum, nada se falou em propostas de políticas públicas amplas, ajudadas por governos de vários países do mundo preocupados com o desmatamento, para preservar a Amazônia a partir de seu desenvolvimento sustentável e da melhoria da qualidade de vida de sua população. Só a conjunção desses fatores será capaz de garantir que a própria população da região continua preservando a floresta, sem destruí-la para sobreviver.
Os debatedores do fórum não conseguiram alcançar entendimentos como o desenvolvido há algum tempo, por exemplo, pelo ministro de Assuntos Estratégicos do governo, Mangabeira Unger, que em entrevista já disse: “O que é preciso compreender é que a Amazônia não é (apenas) um conjunto de árvores, mas um grupo de pessoas. Se os mais de 25 milhões de brasileiros que moram lá não tiverem oportunidades econômicas, haverá atividade desordenada que levará ao desmatamento. Não resolveremos nem o problema ambiental nem o problema da defesa se não resolvermos também o problema de oportunidades econômicas”.
Além da curtição da ameaçada e exótica cultura amazônica, aí incluídos os índios, seringueiros, ribeirinhos e outros povos da floresta, sobrou no Fórum Social Mundial reclamações sobre a organização do mega evento. Foi o que fez a delegação suíça, que criticou a organização do evento. "Esta edição teve uma riqueza única", afirmou Sergio Ferrari, membro da delegação suíça e da ONG E-Changer. "Nunca antes o fórum havia sido organizado de maneira tão horizontal, com uma base democrática tão ampla", elogiou.
Mas essa "horizontalidade", segundo a imprensa nacional, foi também uma faca de dois gumes. Na opinião de muitos, as disfunções das edições anteriores foram até maiores desta vez. Atividades anuladas ou atrasadas, mudanças de programação e falta de comunicação.
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