BUSCANDO O SENTIDO DA VIDA

Em Destaque
Por -
0

A vida é efêmera, os dias de um homem na face da terra passam tão ligeiros que o período entre o nascer e o morrer pode ser muito bem comparado a um piscar de olhos, se olharmos a existência do ponto de vista do universo. É assim efêmera a vida, apesar de tantas horas intermináveis de trabalho, divertimentos, descanso e problemas. Se o trabalho não fosse necessário para a sobrevivência, seria sem significado, pois tanto esforço horas a fio de empenho e dedicação, suor, tensão e aborrecimentos parecem não justificar o fim último da vida, onde tudo se encerra para o individuo. Talvez o que dê sentido, é deixar para gerações futuras o proveito de todo o esforço desprendido. 
Muitos anos já passaram desde que o primeiro homem pisou sobre a face da terra. O sol já nasceu e se pôs milhões de vezes, muitos nasceram e outros tantos morreram; a memória dos livros está repleta de feitos, realizações e histórias de civilizações que já não existem e outros estão sendo registrados neste exíguo momento. Esforços resultaram em inventos, modernidades utilizadas no cotidiano, mas, na essência os velhos hábitos humanos são os mesmos: alguns bons outros nem tanto assim. A terra permanece, mas está sendo mais explorada do que nunca, sofrendo mutações em sua estrutura, mudanças no seu ecossistema, elevação em sua temperatura, sendo o mesmo planeta dos primórdios, a mesma terra que nos acolhe lentamente.
A natureza não é mais a mesma, isto é, aprendemos a olhar a natureza de outra forma. O sol nos encanta, mas seu calor cada vez mais intenso no perturba, o vento sopra suave brisa sobre os prados verdejantes, mas os furacões e tornados destroem cidades inteiras; os rios que correm para o mar lembram que este mesmo mar aos poucos vai engolindo a terra por conta do desgelo das gigantes geleiras.
Os homens, civilizados e mais urbanos do que nunca são inteligentes e criativos, mas o sistema oprime, estressa, cansa... Deixa todos mais competitivos e menos fraternos: a violência impera, a insegurança reina, o medo assombra, o cansaço exaure... A civilização barbariza.
Parece que com o passar dos milhares de anos somos os mesmos em nossa essência: egoístas e maus, quando nos convêm bons e fraternos. Parece que, fora as novas tecnologias, nada mudou. O sol ilumina a mesma civilização de antes, com seus defeitos e pecados. Os séculos pouco nos ensinaram as virtudes, não que a vida nunca tenha sido didática, pelo contrário, nós humanos é que não quisemos aprender.
Todos os livros escritos, todos os “sites”, “blogs”, “fotologs”, todas as dissertações, tratados e monografias, todos os estudos, mestrados e doutorados querem padecer do mal de serem apenas registros. Parece não haver sentido em analisar e desvendar os meandros da vida, no entanto somos impelidos a isto, instigados para tal. Discutimos, conversamos, debatemos porque queremos encontrar um sentido para a vida. Não cansamos de observar tudo, e criamos as ciências. Exatas ou não, tendo o homem como centro, ou universo como medida de todas as coisas. Indo ao cosmos ou vindo aos minúsculos mundos microscópicos: queremos explicações. Observamos o homem, a natureza e o espiritual. Entusiasmados com descobertas sensacionais e perplexos com o pessimismo com que outros problemas igualmente insolúveis, surgem.
Finda que a conclusão histórica e filosófica do “só sei que nada sei” ecoa séculos á frente, torna-se uma repetição dos entendidos, mesmo sabendo eles muito mais coisas que antes. Nem sempre as conclusões  a que chegamos, depois dos muitos estudos são as mais confortantes e otimistas, mas, são conclusões... E sobre estas conclusões é que pautamos nossa existência.

Postar um comentário

0Comentários

1. O Blog em Destaque reserva-se o direito de não publicar ou apagar acusações insultuosas, mensagens com palavrões, comentários por ele considerados em desacordo com os assuntos tratados no blog, bem como todas as mensagens de SPAM.

Postar um comentário (0)