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A Delegacia Geral da Polícia Civil do Amazonas descobriu que, pelo menos, 50 carros que não compõem a frota de veículos da corporação estavam abastecendo ilegalmente no posto de combustível do órgão, causando um prejuízo mensal, aos cofres públicos, de aproximadamente, R$ 60 mil.

Os números são baseados em informações dadas pelo delegado-geral, Mário César Nunes, que assumiu o cargo em junho deste ano.

O delegado ressaltou ter descoberto a fraude ao fazer um levantamento do número de veículos que fazem parte da frota da corporação, cerca de 250, em Manaus.

Segundo ele, por mês, os veículos particulares, que não eram da polícia, e os carros da corporação estavam consumindo 180 mil litros de combustível. Com o controle no posto de abastecimento da Polícia Civil, que fica atrás do prédio da Delegacia Geral, no bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste de Manaus, o delegado Mário César informou que a cota de consumo do mês de maio, por exemplo, 180 mil, baixou para 160 mil litros no mês de junho, e 138 mil no mês de julho. “Não houve redução na cota de abastecimento dos veículos, eu apenas cortei o abastecimento dos carros que não eram da polícia”, afirmou.

Até junho, a Delegacia Geral estava sob o comando do delegado Vinícius Diniz, no cargo desde 2005. A reportagem tentou, mas não conseguiu contato com ele, para falar sobre a fraude descoberta no abastecimento de combustível.

O delegado Mário César informou que cada veículo da corporação tem direito a uma cota diária de 20 a 30 litros de combustível, mas ele ressaltou que nem todos precisam abastecer, todos os dias. “Trinta litros de combustível são suficientes para percorrer 300 quilômetros. Ninguém pode reclamar que houve redução de combustível, porque a cota continua a mesma”, afirmou.

O delegado Mário César não soube informar há quanto tempo o esquema ilegal estava ocorrendo na Delegacia Geral. “Minha preocupação foi acabar com o que estava acontecendo e cuidar da minha administração”, afirmou.

Desvios

Em fevereiro deste ano, o secretário estadual de Segurança Pública, Francisco Sá Cavalcante, informou que o furto de combustível nas polícias Civil e Militar pode chegar a 40% do total destinado às corporações. Na época, o secretário afirmou que o dado era apenas uma estimativa, pois não há um estudo sobre os desvios.

Somente na Polícia Civil, o prejuízo era de quase R$ 2 milhões, baseado no total de combustível utilizado pela corporação, em 2007, e na estimativa dos furtos. Em fevereiro, a Polícia Civil informou que possuia 346 carros em atividade, em Manaus e no interior, e usou, em 2007, quase dois milhões de litros de combustíveis, sendo 1.950.163 milhão de gasolina e 278.202 de diesel.

Multiplicando o valor médio do litro da gasolina, em Manaus, que é de R$ 2,45, e de diesel, R$ 2,20, em 2007, os gastos da Polícia Civil, com combustíveis, foram de, aproximadamente, R$ 5 milhões.

De acordo com o delegado Mário César, há um estudo para modificar o método atual de abastecimento.
FONTE: DIÁRIO DO AMAZONAS

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