Inquérito pode ser questionado, dizem advogados do casal Nardoni

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28/04/2008 - 16h56
“Tudo o que foi produzido pode ser submetido ao crivo do contraditório", afirmaram.Defesa vai aguardar que reconstituição seja documentada para fazer comentários.
CAROLINA ISKANDARIAN Do G1, em São Paulo entre em contato

Apesar da investigação da polícia apontar como principais suspeitos da morte de Isabella o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina, a defesa do casal disse que pode questionar o inquérito, que já conta com cinco volumes e 950 páginas.

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“Tudo o que foi produzido na fase do inquérito, como os laudos periciais e os depoimentos, pode ser submetido ao crivo do contraditório, em que a defesa pode, através de uma postura técnica, questionar o que foi feito”, Rogério Neres de Sousa, um dos advogados que defendem o casal.
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Acompanhado de Ricardo Martins de São José Júnior, outro advogado da defesa do casal, Neres deixou na tarde desta segunda-feira (28) o 9º DP, no Carandiru, na Zona Norte, onde vieram para ter acesso às informações mais recentes dos autos do inquérito.

Neres informou que a defesa vai continuar trabalhando para tentar inocentar o casal, que já foi indiciado por homicídio doloso. “O trabalho está só começando. Tem um longo processo pela frente”, disse. Os dois advogados não quiseram comentar a reconstituição da morte de Isabella, feita durante todo o dia de domingo (27).

Segundo eles, só deverão dar declarações depois que o relatório sobre a reconstituição for documentado e anexado ao inquérito. Neres negou que tivessem ido ao DP para buscar as chaves do apartamento de onde Isabella foi jogada, em um prédio no Carandiru, na Zona Norte.


Cópias dos autos
Ricardo Martins e Rogério Neres chegaram por volta das 15h desta segunda-feira ao 9º Distrito Policial, do Carandiru, para retirar as cópias dos autos do inquérito sobre o assassinato da menina Isabella Nardoni.

Eles afirmaram que não tiveram contato com as peças incluídas no inquérito nos últimos dias e que não falaram com o casal depois da reconstituição do crime. Por isso, eles não sabem dizer se o casal teria assistido à reconstituição pela televisão. Eles disseram que acompanharam parte da reconstituição através da imprensa. Sobre a retirada das chaves do apartamento, que devem ser devolvidas à família já que foram concluídos os trabalhos da perícia, os advogados disseram não ter conhecimento sobre a data da entrega. “Não temos informações sobre a retirada das chaves ainda.”

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