COMO SERÁ CONTADA A HISTÓRIA NA SAPUCAÍ

29/01/2008 - 10h53

Grande Rio aposta em iluminação e efeitos especiais para conquistar título

Escola fala sobre a importância do gás natural na Humanidade e no meio ambiente.
‘A escola está mais grandiosa e mais volumosa’, afirma carnavalesco.
Daniel Targueta
Da TV Globo, no Rio

Com o enredo “Do verde de Coari, vem meu gás, Sapucaí”, a Grande Rio pega o exemplo ecologicamente correto da Refinaria de Urucu, localizada no município amazonense que dá nome ao enredo, para falar sobre a importância do gás natural na criação do mundo e no desenvolvimento sustentável do planeta. Porém, “se a lição é preservar”, como canta o samba-enredo, a escola também quer superar os vice-campeonatos conquistados nos últimos dois carnavais. Em outras palavras, o objetivo é buscar o inédito título para a tricolor de Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense sede da escola.

SAIBA MAIS: Veja fotos do barracão da Grande Rio

“A mensagem do nosso desfile é a consciência ambiental. O gás é um recurso natural que ajuda a preservar o meio ambiente por ser um combustível pouco poluente. Com o exemplo de Coari, queremos mostrar, por meio do carnaval, que o Brasil está antenado com os problemas ambientais”, explica o carnavalesco da Grande Rio, Roberto Szanieck.

A escola viaja até os primórdios do Universo, quando os átomos entraram em ebulição para a formação do planeta. O abre-alas, conta o carnavalesco, foi a última das oito alegorias a ser feita no barracão da escola e promete causar impacto com estruturas de ferro arrojadas, próprias para acrobatas. Mas Szanieck desconversa quando o assunto é a abertura da escola.

“A Grande Rio este ano tem um trabalho pesadíssimo de iluminação. Mas eu costumo brincar dizendo que vamos temos ‘defeitos especiais’, porque, se não derem certo, ninguém vai saber o que a escola estava preparando. Mas isso faz parte do espetáculo”, diz o carnavalesco, em seu quarto desfile na Grande Rio.

Na comissão de frente, uma enorme estrutura de quase cinco metros de altura vai interagir com 15 componentes, que representarão na Avenida os “Anjos da Criação”. A coreografia está a cargo do bailarino Renato Vieira. “É uma mistura de ciência e Igreja para falarmos da criação do Universo”, explica Szanieck.

Veja fotos do barracão da Grande Rio

Da sua experiência em São Paulo em 2006, quando foi campeão com o Império da Casa Verde, Roberto Szanieck trouxe para a Grande Rio profissionais de Parintins, município do Amazonas que promove a Festa do Boi-Bumbá. Eles trabalham nas muitas esculturas que ganharão vida durante o desfile da escola, como a cobra que incrementa o sétimo carro, “Refinaria da esperança”.

“Esse setor é interessante porque retratamos a Refinaria de Urucu, que fica localizada no meio da Floresta Amazônica. Ela não causa dano ao meio ambiente e ainda preserva a biodiversidade local”, explica o carnavalesco.

O espetáculo de Parintins também inspira outro setor da escola: o que apresenta ao público a lenda dos índios arautés. A sexta alegoria reproduzirá o ritual denominado “Pai-Mãe-Terra”. “Os índios se banhavam em um lago de fogo. Eles conheciam o gás há séculos”, conta Szanieck.

O desfile da Grande Rio viajará por vários estilos estéticos. Um deles é o detalhismo nos figurinos de época, presente em outros trabalhos de Szanieck, sobretudo em seus enredos históricos desenvolvidos no Salgueiro em desfiles da década de 1990. O terceiro setor, que retrata o uso do gás nas antigas civilizações, é um prato cheio para o carnavalesco abusar do traço barroco.

“Teremos muitos figurinos de época para falar sobre os persas e os chineses, por exemplo, que conheceram o gás natural há milênios. Mas as mudanças de setor a setor estarão bem marcantes este ano, para o desfile não ficar monótono”, frisa o carnavalesco, que diz ter encontrado soluções modernas para figurinos históricos.


“Vamos promover um baile de época para falar da chegada do gás ao Rio de Janeiro, que foi a segunda cidade das Américas a ser iluminada. E os figurinos da dama da corte remetem aos candelabros movidos a gás”, explica Szanieck.


Outra aposta do carnavalesco está nas alegorias de mão. Em vez dos tripés sobre rodinhas, ele prepara grandes e variadas estruturas, como postes e insetos gigantes, que serão carregadas por componentes entre as alas da escola.

“Quero surpreender o público com diferentes atrações a cada setor do desfile. A escola está mais grandiosa e mais volumosa. Vamos fazer o melhor espetáculo do carnaval”, promete Szaniec








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